A Fundação JMJ Lisboa 2023 e a APAV (Associação Portuguesa de Apoio à Vítima) assinaram nesta quinta-feira (02/03) um protocolo para a “prevenção e contingência” de crimes de abuso e de violência no âmbito da Jornada Mundial da Juventude.
De acordo com João Lázaro, presidente da APAV, o protocolo celebrado, na passada quinta-feira (2), tem por objetivo atuar na “capacitação e formação dos colaboradores e voluntários” da jornada para prevenir situações de “crime ou violência, sexual ou corporal”, e agir perante possíveis ocorrências nos locais dos eventos da JMJ Lisboa 2023 e nas dioceses de acolhimento de participantes.
“É claramente com muita honra e com grande sentido de responsabilidade e com muito orgulho que aceitamos este desafio e queremos estar à altura de corresponder à confiança que nos é depositada”, afirmou o presidente da APAV na assinatura do protocolo.
João Lázaro frisou que é a primeira vez que no planeamento de um evento como a JMJ Lisboa 2023 e na sua realização é colocado “o foco nas vítimas”, valorizando o facto da APAV ser “um parceiro estratégico na formação, planeamento e na prestação de serviços” por ocasião da Jornada Mundial da Juventude,
Para dom Américo Aguiar, coordenador-geral da Jornada Mundial da Juventude que vai decorrer em Lisboa, entre os dias 1 e 6 de agosto, o protocolo celebrado com a APAV tem o objetivo de implementar “as melhoras práticas possíveis” para prevenir situações criminosas de abuso e de violência e para garantir que “as vítimas nunca sejam esquecidas”.
“Se alguma coisa correr menos bem, temos a garantia de que, por parte das equipas da APAV, tudo será feito para ouvir, para acompanhar”, afirmou o bispo auxiliar de Lisboa.
De acordo com dom Américo Aguiar, as equipas de colaboradores e voluntários da JMJ Lisboa 2023 vão ter “formação específica” na área da prevenção de apoio à vítima, sublinhando o “reforço na preocupação” pela problemática de abuso de menores.
“Não é favor nenhum que estamos a fazer, é nossa obrigação” afirmou o presidente da Fundação JMJ Lisboa 2023.
Em declarações à comunicação social, à margem da assinatura do protocolo, dom Américo Aguiar afirmou que a implementação da “tolerância zero e transparência total” em relação aos casos de abuso sexual na Igreja Católica tem de ser efetiva, também a partir das resoluções tomadas na Assembleia Extraordinária da Conferência Episcopal Portuguesa, criando “condições de conforto, segurança e confiança” para que os possíveis casos sejam denunciados.
Fonte: Lisboa – Ecclesia